O que se acontece quando junta um vocalista invocado, um guitarrista criativo, um baixista calmo e um baterista alucinado?
Essa "química" nasceu uma das maiores bandas de rock que, ao lado dos Beatles e Rolling Stones, revolucionaram o rock!
Com vocês, The Who!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Live At Leeds

Há tempos quero muito escrever sobre esse disco que tanto me atraiu. Talvez um dos discos que me puxa para conhecer o rock'n'roll estilo ao vivo. Ao vivo mesmo como um show de verdade. E o Who soube bem como dar esse feeling de impacto musical de um show e em alto e bom som. Posso ser meio suspeita para falar disso mas quem conhece a mais tempo esse grupo, sabe o quanto Live At Leeds é o melhor disco ao vivo já feito e sem falar que está na lista dos "1001 Discos para Se Ouvir Antes de Morrer". Bom uma coisa garanti: eu ouvi e gostei pra caramba. E dá para se ver porquê Pete Townshend considera a apresentação do grupo na Universidade de Leeds a melhor da carreira do Who.

--CD1--

  1. Heaven and Hell (Entwistle)
  2. I Can't Explain (Townshend)
  3. Fortune Teller (Neville and Spellman)
  4. Tattoo (Townshend)
  5. Young Man Blues (Allison)
  6. Substitute (Townshend)
  7. Happy Jack (Townshend)
  8. I'm a Boy (Townshend)
  9. A Quick One, While He's Away (Townshend)
  10. Summertime Blues (Capehart and Cochran)
  11. Shakin' All Over (Kidd)
  12. My Generation (Townshend)
  13. Magic Bus

O CD1 foi uma re-leitura dos clássicos do rock como "Fortune Teller" (gravado pelos Rolling Stones), "Summertime Blues" (cantado por Eddie Cochran) e "Shakin' All Over". O resto são sucessos do grupo, com direito a "Heaven and Hell", de Entwistle para o tiro inicial. Uma parte que acho embromation é no fim de "I'm Boy", onde Pete inicia um papo meio longo sobre sua primeira ópera-rock antes do consagrado Tommy. Obviamente "A Quick One, While He's Away" foi um começo, assim como "Rael 1 e 2" e "Glow Girl", vistos no álbum The Who Sell Out. "A Quick One..." é uma pequena ópera que fala sobre uma jovem que lamenta por seu amado não aparecer faz 1 ano e nesse meio tempo ela começa sair com outros caras, conhece Ivor o motorista de trem, se arrepende do erro assim que seu amor retorna e é perdoada. Uma música super legal em se ouvir e ela pertence ao segundo disco da banda, A Quick One(Happy Jack, no lançamento americano por causa da censura do nome).

--CD2--

  1. Overture (Townshend)
  2. It's a Boy (Townshend)
  3. 1921 (Townshend)
  4. Amazing Journey (Townshend)
  5. Sparks (Townshend)
  6. Eyesight to the Blind a.k.a. "Born Blind" (Sonny Boy Williamson)
  7. Christmas (Townshend)
  8. The Acid Queen (Townshend)
  9. Pinball Wizard (Townshend)
  10. Do You Think It's Alright? (Townshend)
  11. Fiddle About (Entwistle)
  12. Tommy, Can You Hear Me? (Townshend)
  13. There's a Doctor (Townshend)
  14. Go to the Mirror! (Townshend)
  15. Smash The Mirror (Townshend)
  16. Miracle Cure (Townshend)
  17. Sally Simpson (Townshend)
  18. I'm Free (Townshend)
  19. Tommy's Holiday Camp (Keith Moon)
  20. We're Not Gonna Take It (Townshend)

O CD2 é a versão ao vivo de Tommy. A ópera sobre o menino que vê o assassinato do amante de sua mãe nas mãos de seu pai, o Capitão Walker e ainda é forçado por eles que não vi, ouviu e nem dirá nada a ninguém me chama atenção. E esse autismo de Tommy o deixou cego, surdo e mudo mas também ganhou uma habilidade: o de jogar pinball como ninguém, se transformando assim num herói, uma figura messiânica. Confesso que senti falta de "Cousin Kevin" e um pouco de "Underture". Mas o restante do repertório é da cabeça aos pés e totalmente Tommy. A instrumental "Sparks" é um verdadeiro jogo de sons tirado da guitarra de Pete Townshend. Não tenho dúvidas de que Birdman estava inspirado. "The Acid Queen" é uma das minhas favoritas. Amei ouvir Pete interpretando a garota na música. E não tem como esquecer de "Pinball Wizard". Quem assistiu o longa metragem de 1974 e dirigido por Ken Russel, não consegue apagar a imagem de Keith Moon fazendo o louco Tio Ernie e cantando "Fiddle About", a canção forte sobre o abuso que Tommy sofreu nas mãos de seu tio doidão. "I'm Free" é perfeita. Embora já tenha escutado a versão original no disco Tommy, as versões ao vivo da música é de impressionar. Ela explica a sensação de estar curado com a liberdade que tem gosto de realidade. É maravilhoso ver Thomas gritando que está livre do seu isolamento, causado por sua mãe e seu pai, que o deixou cego, surdo e mudo. "Tommy's Holiday Camp" é o rock mais divertido e festivo, com Moonie gritando e Birdman cantando.
"We're Not Gonna Take It" mostra a queda do império de Tommy Walker e encerrando com a épica "See Me Feel Me/ Listening To You". Essa última parte é vista no Festival de Woodstock e arrepia. Nunca vi Roger Daltrey encenando com afinco o personagem central e está de bom tamanho.

Em outras palavras, Live At Leeds apresentou para todos um The Who empolgado, em otima forma musical. Roger, John, Pete e Keith deram o melhor de si mesmos e o resultado gerou esse poderoso disco ao vivo. Quem quiser ouvi-lo, deixo aqui disponível para baixar. E espero que gostem!

CD1 (Download) CD2(Download)
Agradecemos por ler esse post e baixar nossos discos!

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